O Menino e a Agulha
Num reino distante e isolado moravam uma viúva costureira e seu único filho, Alberto, com apenas sete anos. Eram muito pobres, tinham muitas necessidades e as dificuldades aumentavam a cada dia, mas eram felizes juntos.
Um dia a mãe, costurando, perdeu a agulha, seu principal instrumento de trabalho. O filho, vendo a aflição da mãe e temendo por piores condições, cheio de boas intenções, pensou em ajudá-la. Saiu de casa escondido e foi até o centro da cidade, entrou numa loja e tirou uma agulha. Ele não pediu, nem pagou, ele roubou. Trouxe-a para casa e pôs em cima da maquina de costurar. Sua mão não disse nada, estava precisando.
Depois de uma semana, acabou a linha e a mãe não tinha mais como costurar. O filho, pensando em ajudá-la mais uma vez, correu até aquela mesma loja e roubou um tubo de linha. Levou para sua mãe, que necessitada da linha, não disse nada.
Um mês depois o pano veio a faltar e a mãe ficou sem poder costurar. O filho pensando que iriam passar fome, não pensou duas vezes: Saiu às pressas até uma outra loja na cidade e já com mais dificuldade roubou um rolo de pano. O dono da loja gritou: “Pega Ladrão!”, mas o menino o menino era rápido e esperto. Chegou em casa e deu o pano à sua mãe que o recebeu sem nada dizer ou perguntar.
O menino foi crescendo e de ato em ato, isto é, de roubo em roubo, tornava-se um perfeito ladrão profissional. Já feria e até matava para roubar. Nunca mais passaram necessidades. Tornou-se musculoso e ágil, perito em tantas artimanhas de roubo. A polícia o procurava sem cessar. Um dia ele foi pego, preso e condenado à forca. Cometera crimes demais. Na hora do enforcamento, ele tinha direito a um último pedido. Disse que queria ver a sua mãe pela última vez. Sua mãe, já velinha, subiu as escadas e aproximou-se do filho condenado, o condenado Alberto. Ele pediu que ela se aproximasse bem perto e fixando o olhar nos olhos dela, cuspiu no seu rosto e disse:
-Mãe, se a senhora tivesse me corrigido quando eu roubei aquela primeira agulha, eu não estaria aqui hoje!
Alberto morreu enforcado e a mãe de desgosto.
Autor Desconhecido
Nenhum comentário:
Postar um comentário